Este livro discute a gênese e a construção da identidade do povo brasileiro, concebida como processo dinâmico que se explica por conhecimentos arquivados na memória do longo, do médio e do curto prazo por processos culturais, ideológicos e utópicos. A identidade foi focalizada por uma perspectiva historiográfica, considerando a linguagem como fundamento e fundação desse processo e o texto escrito como lugar que faculta a sua compreensão e interpretação. As leituras e releituras de textos que tratam da História oficial brasileira em interface com o texto literário “Cartas Chilenas”, de Tomás Antônio Gonzaga, evidenciam que a identidade do brasileiro é uma construção inscrita nos matizes da história dos povos nativos da América, tecida e entretecida àquelas da história de povos europeus ocidentais e àquelas de africanos subsaarianos: uma construção da história do mundo moderno implicada na reinterpretação da história do mundo antigo.